segunda-feira, 13 de julho de 2020

Lembrando (e honrando) meus celulares desde o ano 2007

Você conhece alguém com menos de 60 anos que não tem celular? Eu também não. Deixamos essas coisas dominar nossas vidas, tomar nosso tempo, nossa concentração e a qualidade do nosso sono. Desenvolvemos ansiedade e distúrbios de autoestima com as infinitas notificações, mensagens sempre urgentes e fotos retocadas nas redes sociais. Mas houve um tempo em que celular era um acessório idiota que só servia para jogar o jogo da cobrinha ou no máximo mandar um SMS, cujas palavras precisavam ser cuidadosamente planejadas devido ao alto custo da mensagem. Essa é uma breve história dos celulares que me acompanharam nos últimos 13 anos.

Ano 2007 (?)
Celular flip prateado - Marca (?)
Esqueça iPhone. Nos anos 2000, ostentava quem tinha um V3, celular avançado que, pasme, tirava FOTOS! 
Mas meu primeiro celular foi de uma marca desconhecida da qual não me lembro, dado pela minha mãe. Não tirava fotos e nem tocava música, mas tinha uma telinha bem legal, que acho que era até colorida, e um jogo tipo Tetris. Certo dia, decidi levá-lo para a escola e deixei na sala, dentro da mochila, antes de sair para  o intervalo. Quando voltei o aparelho já não estava mais lá, é claro. Tempos de inocência...

Ano 2009 - Motorola W231
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Nessa época, celular já era algo sério e praticamente obrigatório, e a quantia que as pessoas estavam dispostas a pagar por um aparelho só aumentava. Comprei este com o primeiro salário "oficial" da minha vida, que era cerca de 350 reais. O celular custou em torno de R$ 150, se não me engano, comprado pessoalmente em uma loja popular - acho que foi na Pernambucanas.
O grande diferencial era o slot para cartão SD, que permitia salvar músicas em MP3 e ouví-las pelo fone de ouvido. UAU!
Usei por pouco tempo, em torno de um ano, até que a minha irmã entrou no meu quarto escondida para mexer nele, provavelmente o deixou cair (até hoje eu nunca soube o que realmente aconteceu) e o contato da bateria quebrou, inutilizando-o. Na época, levei a uma assistência técnica e recebi o orçamento do conserto que nunca foi feito: cerca de 100 reais. Guardei o aparelho em uma das minhas caixas de tralhas como lembrança do meu primeiro grande pertence pago com meu suado dinheiro...

Ano 2010 - LG M370
Celular LG Mg370 Lynx Preto Rádio Fm Apenas Vivo Novo + Nf - R ...  
Época da faculdade. Desempregada e sem dinheiro para comprar um exemplar dos mais novos e desejados smartphones, convenci minha mãe a comprar dois aparelhos desse modelo (um pra mim e outro para minha irmã, eu acho) no site do Carrefour. Custou algo em torno de 50 reais cada um. Não tinha câmera nem MP3, a única distração era rádio FM. Andei com esse celular por um bom tempo, era útil ter na mochila da faculdade para ocupar os ouvidos durante as 2 horas e meia de trajeto ida e volta de ônibus. Fiquei com ele até 2011 ou 2012, eu acho, quando ganhei o próximo aparelho.

2011 ou 2012 - Samsung Galaxy Young
Imagens Samsung Galaxy Young - Celulares.com Brasil
Em 2011, conheci meu namorado enquanto voltava da faculdade em um ônibus. Ele provavelmente ficou com muita pena quando me viu, em meio ao lançamento de smartphones que acessavam a internet e etc, com um aparelho flip da LG que sequer tinha créditos para fazer ligações. Então, alguns meses depois, me deu de presente o meu primeiro smartphone. Eu gostava muito desse aparelho, era algo incomparável pra mim. Tinha cartão SD, eu colocava minhas músicas, usava internet na faculdade, fazia todo tipo de coisa. Depois foi doado para a minha irmã e acho que ela ainda usou por uns bons anos.

2014 - Motorola Moto G 1
Motorola Moto G1 – 08 GB – 02 chips – Preto – Muda Fone Loja
Nessa época eu era estagiária e já tinha um pé de meia razoável para a minha idade. Por isso decidi gastar um pouco mais no meu próximo aparelho, que custou algo em torno de 500 reais. A grande novidade era a conexão 4G, que eu nunca havia experimentado. De fato, foi nessa época que eu realmente passei a gastar de verdade com celular, colocando créditos para usar a internet e tal. Encontrou seu fim num dia em que briguei com meu namorado pelo telefone, fiquei muito nervosa e arremessei o pobrezinho no chão. Teve uma segunda chance quando passei para o meu irmão, que conseguiu consertar e usou por muito tempo. 

2015 ou 2016 - LG K10
LG K10 430T 4G - Melody Mega Store 
Depois do acidente com o aparelho anterior, ganhei novamente do meu namorado esse LG, que era bem ruim. Aqui começou a era das telas grandes. Tentei usar esse por mais tempo, mas era realmente muito lento e cheio de bugs, enquanto meus critérios para gostar de algo aumentavam de forma desproporcional a minha renda.

2018 - Asus Zenfone 4
Smartphone Asus Zenfone 4 6GB Memória Ram Dual Chip Android Tela ...
Durante os três meses em que ganhei o maior salário da minha vida até agora, eu gastei bastante dinheiro, e hoje vejo essa fase como a mais consumista da vida. O LG funcionava perfeitamente mas, no meu frenesi ignorante de secar a conta bancária, sem saber que seria demitida um mês depois, adquiri esse aparelho em troca de importantes 1.700 reais, mais ou menos. Eu queria algo novo, rápido, bonito, com tela grande e da cor branca (?). Esse é o que me acompanha até hoje, e pretendo que continue assim até 2021, pelo menos. 

sábado, 19 de julho de 2014

All work and no play...

Acho que meu primeiro emprego foi como digitadora de mala direta em uma daquelas salas alugadas no andar de cima de algum comércio, uns 20 minutos de caminhada de casa. Queria desesperadamente dinheiro para alguma coisa (que agora nem lembro o que era) e aceitei a oferta de um amigo, tão pouco astuto quanto eu. Porque sim, só era preciso ser chamado e você já estava dentro. Eu entrava umas nove horas da manhã e saía às quatro ou cinco da tarde. O trabalho era um dos tipos de tortura pós-moderna: sentar em uma cadeira e mesa desconfortáveis e olhar para uma tela de computador tipo tubo até seus miolos fritarem. Foi assim por duas, três ou quatro semanas, não lembro. Só sei que desisti do negócio, ou fui sutilmente demitida, e mal podia esperar pelo meu primeiro cheque. Quando recebi, era a incrível quantia de 50 reais. Veja bem, mesmo para os meus padrões na época, 50 reais por 3 semanas de trabalho, por mais automático e rudimentar que esse fosse, era muito pouco. Na época não percebi que isso poderia ser um sinal do que estava por vir.

Não lembro mais o que fiz imediatamente depois disso. Depois de seis anos de vida procurando emprego, minha memória já aprendeu a não guardar esse "setor" da vida. Em 2009, fiz um estágio em uma grande firma, tive um crachá com meu nome que ficava comportadamente pendurado no meu pescoço durante minhas quatro horas de trabalho. Me sentia importante e privilegiada por fazer parte daquele meio, com pessoas tão respeitáveis, que tinham diplomas de faculdade e anos de experiência com planilhas e cartão de ponto. Claro que aos 17 anos é muito fácil ver qualquer coisa com o maior positivismo que jamais voltarei a ter.

Depois disso passei períodos de economia e minimalismo forçados, e o próximo emprego de que me lembro foi algo muito informal em um micro escritório. E a próxima, uma das minhas favoritas, foi como operadora de caixa em uma livraria de shopping. "Boa tarde". "Já tem o cartão da loja?". "Não quer fazer, só leva um minuto". "Débito ou crédito"? Pegar nos cartões Amex de gente classe-média-filha-da-puta-de-shopping me fez ver o mundo dos empregos com outros olhos. Isso em 2011, dois anos depois de ter admirado analistas e gerentes com seus crachás saindo para o almoço.

E quase fiz parte do time dos ex-operadores de telemarketing. Fui recrutada em uma sala da Atento junto de mais umas 50 pessoas, algumas que mal sabiam fazer uma redação sobre si mesmas, e essa quase-experiência de trabalho me custaria mais tarde 25 reais de taxas para encerrar a conta salário nunca usada no Bradesco. Por algum motivo, Deus me salvou da experiência do telemarketing pela qual muitos jovens da minha idade tiveram de passar. Talvez porque algo muito ruim poderia ter acontecido. Nunca vou saber, já que estou prestes a ter meu próprio diploma, o que me levará ao crachá de firma, ao cartão de ponto, aos almoços por quilo. A ser uma profissional respeitável que frequenta shopping centers e compra livros do Paulo Coelho com seu cartão Amex. 


segunda-feira, 22 de julho de 2013

"Novelas" orientais

Doramas em geral, sejam j-drama, k-drama e etc, geralmente têm enredo pífio e produção visual nada impressionante, mas são boa fonte de conhecimentos culturais sobre os orientais esquisitões. E, pra mim, o mais importante: estar em contato com idiomas que me interessam e são pouco acessíveis no nosso entretenimento (basicamente Globo e Hollywood).

~Full House~

O primeiro que assisti, talvez por isso eu goste. É sobre uma mulher preguiçosa aspirante a escritora (me identifico?) que mora em uma casa LINDA (sério, a casa virou até ponto turístico lá na Coréia) e é obrigada a morar com o Bi Rain. Muitos Alguns diálogos chatos e inúteis, mas a trilha sonora e cenários são legais. Os corebas até que capricham nessas coisas.



~Coffee prince~

Uma menina que finge ser menino pra poder trabalhar em uma coffee shop que só aceita funcionários homens. De novo, muitas partes desnecessárias, mas músicas muito legais, elenco bem bonitinho e animado. Cafés maravilhosos o tempo todo. Acho que é meu k-drama favorito.



~Orange Days~

Coleguinhas prestes a se formarem na faculdade refletindo sobre o futuro. História bem madura e desenvolvida, se comparada aos dramas colegiais japoneses. A mocinha principal é surda, então o drama também mostra um pouco da linguagem de sinais japonesa.


~Long vacation~

Drama dos anos 90 (♥) com o Kimura Takuya bonitinho. Uma trintona que foi largada no altar e um jovem pianista sem sucesso reclamam da vida. No IMDb diz que nessa época o Japão passava por recessão e era difícil conseguir bons empregos. Acontece que em praticamente todos os dramas, não importa a época, esse mesmo problema de empregos é retratado. Escrevo um post só sobre isso quando for entendedora de economia.



~Buzzer beat~

Um esportista e uma violinista que são ruins no que fazem. Pois é, nem sempre você é bom em algo só porque gosta muito de fazer. E a coisa fica séria quando você escolhe viver disso. Os atores japoneses não costumam ser muito carismáticos, mas gostei muito da Riko e da Mai-san. Dorama muito legal, vale a pena aguentar as caras do Yamapi. 















quarta-feira, 17 de julho de 2013

Blog pra quê?

Todo mundo tem blog. Pra que serve um blog?

Acho que minhas primeiras experiências com internet começaram há uns oito anos, lá por volta de 2005. A conexão era discada, então nada de Youtube ou downloads. O negócio era Orkut, MSN, Hotmail (desnecessário citar Flogão e similares). E blogs, muitos blogs. Parece que o blog foi idealizado com o único propósito de divulgar uma parte da sua vida para quem quisesse ler. Chore, brigue, crie, fale: seu blog é seu espaço único nesse mundão louco da Web. 

Mas parece que em 2005 a coisa já estava progredindo. Lembro que muitos dos blogs que eu gostava já não eram atualizados há anos, com layouts toscos e minimalismo digno de Windows 98. Eles deram lugar aos blogs que dominam a internet hoje. Não são mais um canto especial para uma pessoa especial afogar mágoas. São um jeito lucrativo de praticar o narcisismo nosso de cada dia. "Encontre algo que você ame e comece a ganhar dinheiro com isso". 

Blog virou ofício, negócio que dá dinheiro. Jabá, patrocínio, programa de afiliados. Atualizar blog virou função nas empresas. Pra que serve blog? Pra ganhar dinheiro, é claro. E trate de não perder tempo fazendo de graça o que é feito por aí em troca de dinheiro.


sábado, 8 de dezembro de 2012

DIY: Cérebro de gelatina

Vi uma forma de gelatina em forma de cérebro na internet e fiquei querendo fazer essa receita bizarra/nojenta. Não comprei a forma e nunca vi leite evaporado, então a receita serviu só como exercício (mal feito) de tradução. 


Photo by T-Bags

Ingredientes

Para o cérebro:
2 caixas de gelatina, misture qualquer sabor (pêssego ou melancia dão a melhor cor)
1 3/4 copo de água fervente
3/4 copo de água fria
250ml de leite evaporado sem gordura
Para deixar cinza:
15 gotas de corante alimentício vermelho
15 gotas de corante alimentício verde
15 gotas de corante alimentício azul

Preparo

1. Antes de cada uso, lave o molde com água morna e sabão e uma esponja macia
2. Passe um pouco de óleo vegetal dentro do molde e retire o excesso em seguida
3. Coloque a mistura para gelatina em uma tigela larga e adicione a água quente
4. Mexa por dois minutos até a mistura se dissolver
5. Misture a água fria
6. Misture no leite evaporado e no corante
7. Ajuste a coloração até ficar um tom de rosa acinzentado e mexa
8. Despeje a mistura no molde de cérebro, deixando 1/4 do recipiente livre

9. Coloque o molde de cérebro em uma tigela rasa para nivelar e deixe na geladeira de um dia para o outro 
10. Para desenformar o cérebro, balance o molde gentilmente até a gelatina soltar.
11. Coloque um prato de ponta cabeça tapando a forma, e então vire-a junto com o prato
12. Retire a forma, deixando o cérebro no prato.



Fonte: http://www.food.com/recipe/brain-gelatin-74582?oc=linkback